Este blog é feito especialmente e com carinho para todas as mulheres que buscam crescimento através da leitura e meditação nas Escrituras para que possam a cada dia assemelhar-se mais e mais ao Filho Jesus Cristo e, assim, agradar e servir ao Pai.

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Criando Meninas para a Glória de Deus 3 - por Simone Quaresma


Quando um país entra em guerra, tem objetivos traçados. Quando pensamos em construir uma carreira, ou um grande empreendimento, os alvos a serem atingidos são logo definidos para que possam ser alcançados. Vocês pais, já pensaram sobre quais são seus objetivos finais ao investir na vida de suas meninas? Já conversaram demoradamente sobre o que esperam que elas sejam daqui a 15 ou 20 anos? Por que planejamos os detalhes sobre a construção de uma casa ou a compra de um carro, e sequer pensamos em conversar com nosso cônjuge sobre como investiremos em nossos filhos para colher os resultados desejados, a longo prazo? Por que muitos crentes criam seus filhos na base do “vamos ver no que vai dar”, sem lembrar que a lei de colheita e plantio é implacável? Tenhamos sempre em nossa mente que nossos filhos não são nossos. Como afirmou o Puritano Deodat Lawson, “Os filhos nascidos em nossas famílias são nascidos para Deus.” Somos mordomos de Deus, cuidando de filhos DELE, que graciosamente foram deixados sob nossos cuidados, e certamente Ele nos pedirá contas.
O alvo estabelecido para o futuro de nossas meninas, guiará o ensino que forjaremos nelas. Temos poucos anos para fazê-lo. Não podemos deixar para pensar nisso quando ela estiver na adolescência. Devo ensiná-la desde a mais tenra idade a se portar como a mulher virtuosa de Provérbios. Ao lermos o capítulo 31 deste precioso livro de sabedoria perceberemos que uma qualidade, dentre tantas, salta aos olhos: o serviço. A mulher virtuosa é o retrato fiel da mulher que supre todas as necessidades dos seus, que faz sua casa funcionar de forma que seu marido esteja tranquilo, cuidando dos negócios fora do lar. Ele sabe que, ao sair, deixou alguém altamente competente para gerir as necessidades dele e dos filhos. A mulher virtuosa é multifacetada! Ela costura, busca lã e linho, acorda ainda à noite para dar andamento à casa e ordens às suas empregadas, providencia mantimentos, cuida para que a família esteja aquecida no inverno, e ainda acha tempo para acudir ao necessitado. Note que todas as atividades desta mulher estão voltadas para o lar. Ela compra e vende propriedades pois seu marido confia em seu espírito empreendedor. Ela faz roupas, vende-as e com a renda planta uma vinha. Todo o seu interesse, todas as suas habilidades, tudo o que ela aprendeu se dirige para o bem estar da família. Todo o seu trabalho e todas as suas forças estão voltadas para dentro de casa!
Se almejamos sinceramente que nossas filhas sejam semelhantes a esta mulher, não podemos achar que o ‘cosmos’ a fará ser assim, ou que se dermos ‘sorte’, nossas meninas refletirão o alvo bíblico em sua vida adulta. Não! Precisamos trabalhar arduamente desde cedo pra cunhar um caráter deste em nossas filhas. Ao longo dos anos, sempre que falo à mulheres sobre este assunto, ouço uma frase que me dói os ouvidos :”se minha filha deve ser mãe e dona de casa, para que estou pagando faculdade e curso de inglês para ela?” Pura ignorância. Para ser uma mulher virtuosa, para que o coração do marido confie nela, para que seu marido seja estimado entre os juízes, esta mulher precisa ser muito instruída! Note que Provérbios cita várias áreas de atuação em que ela se sai exemplarmente bem. Entende de comércio, de plantação, administra as servas, é exímia artesã, uma economista de primeira linha e quando abre a boca, fala com sabedoria.
Nossas meninas precisam ser educadas para serem como esta mulher, descrita pelo rei Lemuel. Para isso, sua educação formal, a leitura de bons livros, conhecimento de outras línguas e até a faculdade que ela vai cursar, deve visar seu aperfeiçoamento nos dotes de lidar com o complexo e maravilhosos mundo que se encontra dos portões para DENTRO de nossas casas. Não estamos educando nossas meninas para serem homens de negócios bem sucedidos, nem para ganharem dinheiro, ou serem brilhantes em suas carreiras. Não é este o objetivo da vida delas. Se este não é o objetivo da vida delas, por que então, a treinamos para isso e não para serem como a mulher de Provérbios?
Como já disse no post anterior, eu e Orebe temos apenas uma menina. Temos tido o privilégio de trabalhar em sua vida tanto de modo prático, quanto formando uma ideologia correta em sua mente. Esses dois pilares têm que caminhar juntos. É preciso dizer a elas desde cedo, o quanto o serviço ao próximo é estimado por nosso Senhor. O próprio Deus encarnado veio para servir e dar a sua vida! Elas precisam ver em nós a alegria e a disposição para o serviço ao próximo. Devemos, além de ensiná-las com o exemplo, direcioná-las na prática a amar o trabalho com as mãos, o trabalho árduo em prol da família. Pode parecer até meio fora de contexto e anacrônico dizer isso, mas você precisa ensinar sua filha a cozinhar, a limpar a casa, a lavar e passar roupas! Ela precisará destes ensinamentos quando se casar, e se não for acostumada a fazê-los com alegria, terá sérias dificuldades em seu casamento. Se você permitir que o modo do mundo domine sua filha, ela não se sentirá responsável por dar um bom andamento à sua casa. Não a deixe ficar perdida, sem saber o que fazer numa casa, ensine-a desde cedo as tarefas do lar! Treine-a para ser perita em tudo que fizer. E além disso, cuide de seu espírito, para que ela faça tudo sem murmuração, ciente de que cada prato lavado é para a glória de Deus e para servir ao próximo. Ensine a ela o prazer e a alegria de cuidar e acolher os servos de Deus. Mostre a ela o quanto Deus estima o trabalho de suas mãos e o quanto ela está contribuindo para o crescimento e expansão do reino de Deus. Os reformadores e puritanos tinham uma visão extremamente apurada e bíblica do serviço a Deus e aos homens. Veja algumas citações sobre este aspecto:
“Há uma diferença entre lavar louças e pregar a Palavra de Deus; mas no tocante a agradar a Deus, nenhuma em absoluto.” William Tyndale
“O principal fim de nossas vidas é servir a Deus no serviço aos homens.” William Perkins
Estas verdades tão profundas devem ser incutidas em nossas filhas. Devemos fazê-lo também através de nosso exemplo, servindo com disposição e alegria à família, para que elas desejem ardentemente servir ao Senhor através de seu maior e mais doce chamado: o de ser esposa e mãe!

Criando Meninas para a Glória de Deus 2 - Por Simone Quaresma


Quando falamos sobre educação de meninas, vários aspectos que precisam ser tratados vêm a nossa mente. No entanto, nenhum é tão importante quanto ensiná-las a assumir o papel que Deus determinou para ela na família. O primeiro conceito que surge, então, é o da submissão.
Se voltarmos nossos olhos para o livro de Gênesis, veremos que a mulher foi criada do homem e chamada por Deus de auxiliadora idônea. Isto ocorreu antes da queda, portanto o propósito de Deus em criar o homem como cabeça do lar, nada tem a ver com o pecado. Por que o homem, sendo o líder, necessita de uma auxiliadora? Por que ele não poderia dar conta de tudo sozinho, como um poderoso e soberano senhor do lar? Aí está a perfeição da criação de Deus! Homem e mulher, completando um ao outro. Nas palavras deJoel Beeke, “a glória do homem é que ele é o cabeça; sua humildade é que ele não está completo sem a mulher. A glória da mulher é que só ela pode completar o homem; sua humildade é que ela é feita do homem.” Desta forma, ambos desempenham o papel que Deus estabeleceu para a família. O homem sendo o líder, o que protege, o que ama e dá a vida. A mulher sendo sua ajudadora competente, suprindo suas necessidades, aconselhando-o, acolhendo-o e respeitando-o.
Estes princípios devem ser ensinados, desde cedo, às crianças da família da aliança. O desejo da mulher de ser independente, de cuidar e dar rumo à própria vida, e à dos outros, precisa ser corretamente moldado desde a mais tenra idade. Nossas meninas já nascem querendo dominar, este pecado está profundamente arraigado no coração das mulheres. O texto que narra a queda do homem termina com as maldições lançadas por Deus sobre a serpente, sobre o homem e sobre a mulher. Uma delas é descrita desta forma: “o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará”. Estabelece-se aí uma verdadeira ‘guerra dos sexos’ que só tem solução na Cruz de Cristo. A mulher sempre tentará se impor e se insurgir contra a autoridade dada por Deus ao marido. Ele, por sua vez, tentará dominá-la à força. Como mães, precisamos ensinar nossas meninas a submeterem-se docilmente ao governo generoso de maridos crentes e a domar sua índole controladora.
Quem já não teve a oportunidade de conviver com pequenas tiranas ‘dominadoras de tudo e de todos’ de cinco anos de idade? Quem já não presenciou sua sobrinha ou filha tentando resolver os problemas dos irmãos mais velhos ou dos adultos a sua volta do alto de sua sabedoria pueril? Lembro de quando minha filha tentava, muitas vezes com sucesso, mandar nos três irmãos, não obstante serem mais velhos. Quantas vezes, ela dava palpites e opiniões tão seguras sobre as brincadeiras propostas, que os três meninos sequer hesitavam em seguir a pequena ditadora! Precisamos domar o espírito revolucionário que existe dentro daquelas lindas pimpolhas, enquanto ainda temos chance! Precisamos ensinar a elas que a mulher estará sempre sujeita à autoridade ou do pai ou do marido, e que isso não a diminui. Ela aprenderá muito sobre isso, se nosso relacionamento conjugal for adequado, com um pai dócil e firme, e com uma mãe que tem posições, pensamentos e vontades próprias, mas que se submete, por sua livre escolha, a uma liderança amorosa e cuidadosa, que dará a vida por ela, se necessário! Se sua menina é criada num lar assim, o ensino teórico tem excelentes chances de ser internalizado!
Cada ataque de fúria de sua menina contra autoridades deverá ser uma oportunidade de pastoreá-la. Cada vez que ela se insurgir contra seus irmãos, quiser mandar na brincadeira ou tentar escolher a roupa que ele vai vestir é uma chance de ensino. Toda vez que ela responder a uma pergunta no lugar do irmão, antes mesmo que este tenha tempo de acabar de ouvir a pergunta, é terreno fértil para o aprendizado. Lembro-me de uma lista de frases que eram frequentemente repetidas lá em casa: “Agora é a vez dele resolver qual a brincadeira”; “Deixe que ele escolha o canal que ele quer ver”; “Não perguntei a você, mas a seu irmão”; “Isso não é problema seu”; “Não tente resolver todos os problemas da casa”; “pode deixar que eu cuido disto, eu sou a mãe”; “Eu resolvo, isto não é problema seu!”; e tantas outras parecidas! Não se iluda, não são apenas as meninas mais falantes e extrovertidas que manifestam seu desejo de governar. Não se engane com as meninas mais tímidas e caladas. Se você é mulher como eu, sabe que, de um jeito ou de outro, mandando ou chorando, sempre há em nós o desejo de que tudo saia exatamente como queremos! Talvez sua filha não seja aquela ‘sargentona’ como era a minha aos 4 anos de idade, mas note se suas lágrimas e voz meiga também não se constituem um meio, até mais perigoso, de exercer domínio!
Outra forma de forjar um caráter submisso em nossas meninas é não tentarmos fazer uma ponte prejudicial entre elas e o pai. Muitas mães se tornam verdadeiras advogadas e cúmplices de suas meninas, dando a impressão de que os pais são tiranos, e as mães aliadas. Faça sua menina enxergar que ele é autoridade sobre ela e sobre você também, e que você é uma só carne com ELE, e não com ela! Deixe que ela vá ao pai fazer seus pedidos, e ensine-a a docilmente aceitar um não. Fuja da tentação de ser sempre a intermediária entre eles! E se o pai negar o pedido de sua filha, em momento nenhum, diga a ela que você discorda da decisão dele, e vai tentar convencê-lo. Faça-a confiar na decisão do pai, crendo que ele a ama e quer o melhor para ela, mesmo que, no momento, ela não entenda. Desta forma, você estará contribuindo para que sua filha seja, no futuro, uma esposa que respeita as decisões do marido.
Louvo a Deus por ver minha filha adolescente tornar-se docemente submissa. Se o ensino e a disciplina foram capazes de amansar aquela pimentinha, fará o mesmo por sua menina! Não se sinta desencorajada, persista, persevere no ensino, na admoestação e na disciplina. No tempo apropriado, você colherá doces frutos!