Este blog é feito especialmente e com carinho para todas as mulheres que buscam crescimento através da leitura e meditação nas Escrituras para que possam a cada dia assemelhar-se mais e mais ao Filho Jesus Cristo e, assim, agradar e servir ao Pai.

Seja bem-vinda!!!! Fique a vontade para ler nossas postagens e deixar seus comentários e considerações!!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pão de Passas para o Natal

IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA
    
   
   Essa receitinha é super fácil e econômica, ótima para presentear pessoas queridas em tempos natalinos....as passas podem ser substituídas por nozes, gotas de chocolate, frutas cristalizadas, enfim, o que a imaginação mandar.........hummmmm!!!!!



Ingredientes:

2 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de leite
2 colheres de sobremesa de fermento em pó
1 ovo
1/2 xícara de açúcar
1/2 colher de sopa de sal
1/2 xícara de passas

   Misturar todos os ingredientes e, por último, acrescentar as passas. Asse em forma de pão untada por cerca de 40 min ou até que doure bem levemente (não deixa passar do ponto para não endurecer). 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ana: simples mulher, grandioso Deus!

  

Havia certo homem de Ramataim, zufita, dos montes de Efraim, chamado Elcana, filho de Jeroão, neto de Eliú e bisneto de Toú, filho do efraimita Zufe.Ele tinha duas mulheres; uma se chamava Ana, e a outra Penina. Penina tinha filhos, Ana, porém, não tinha.Todos os anos esse homem subia de sua cidade a Siló para adorar e sacrificar ao Senhor dos Exércitos. Lá, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli, eram sacerdotes do Senhor. No dia em que Elcana oferecia sacrifícios, dava porções à sua mulher Penina e a todos os filhos e filhas dela. Mas a Ana dava uma porção dupla, porque a amava, mesmo que o Senhor a houvesse deixado estéril. E porque o Senhor a tinha deixado estéril, sua rival a provocava continuamente, a fim de irritá-la. Isso acontecia ano após ano. Sempre que Ana subia à casa do Senhor, sua rival a provocava e ela chorava e não comia. Elcana, seu marido, lhe perguntava: "Ana, por que você está chorando? Por que não come? Por que está triste? Será que eu não sou melhor para você do que dez filhos? " Certa vez quando terminou de comer e beber em Siló, estando o sacerdote Eli sentado numa cadeira junto à entrada do santuário do Senhor, Ana se levantou e, com a alma amargurada, chorou muito e orou ao Senhor. E fez um voto, dizendo: "Ó Senhor dos Exércitos, se tu deres atenção à humilhação de tua serva, te lembrares de mim e não te esqueceres de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao Senhor por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão cortados". Enquanto ela continuava a orar diante do Senhor, Eli observava sua boca. Como Ana orava silenciosamente, seus lábios se mexiam mas não se ouvia sua voz. Então Eli pensou que ela estivesse embriagada e lhe disse: "Até quando você continuará embriagada? Abandone o vinho! " Ana respondeu: "Não se trata disso, meu senhor. Sou uma mulher muito angustiada. Não bebi vinho nem bebida fermentada; eu estava derramando minha alma diante do Senhor. Não julgues tua serva uma mulher vadia; estou orando aqui até agora por causa de minha grande angústia e tristeza". Eli respondeu: "Vá em paz, e que o Deus de Israel lhe conceda o que você pediu". Ela disse: "Espero que sejas benevolente para com tua serva! " Então ela seguiu seu caminho, comeu, e seu rosto já não estava mais abatido. Na manhã seguinte, eles se levantaram e adoraram ao Senhor; então voltaram para casa, em Ramá. Elcana teve relações com sua mulher Ana, e o Senhor se lembrou dela. Assim Ana engravidou e, no devido tempo, deu à luz um filho. E deu-lhe o nome de Samuel, dizendo: "Eu o pedi ao Senhor". Quando no ano seguinte Elcana subiu com toda a família para oferecer o sacrifício anual ao Senhor e para cumprir o seu voto, Ana não foi e disse a seu marido: "Depois que o menino for desmamado, eu o levarei e o apresentarei ao Senhor, e ele morará ali para sempre". Disse Elcana, seu marido: "Faça o que lhe parecer melhor. Fique aqui até desmamá-lo; que o Senhor apenas confirme a palavra dele! " Então ela ficou em casa e amamentou seu filho até que o desmamou. Depois de desmamá-lo, levou o menino, ainda pequeno, à casa do Senhor, em Siló, com um novilho de três anos de idade, uma arroba de farinha e uma vasilha de couro cheia de vinho. Eles sacrificaram o novilho e levaram o menino a Eli, e ela lhe disse: "Meu senhor, juro por tua vida que eu sou a mulher que esteve aqui a teu lado, orando ao Senhor. Era este menino que eu pedia, e o Senhor concedeu-me o pedido. Por isso, agora, eu o dedico ao Senhor. Por toda a sua vida será dedicado ao Senhor". E ali adorou o Senhor. I Sm 1 (NVI)
   Nossa história começa com uma simples mulher, Ana, a quem Deus não dera filhos. Seu marido tinha duas mulheres de acordo com o conjunto de leis antigas (código de hamurábi) também adotado pela lei judaica que previa que um homem poderia casar-se com outra mulher caso a primeira não lhe desse filhos. Embora Deus já estivesse mostrando que este mecanismo não era o Seu ideal e não funcionava, a sociedade em questão assim vivia. Penina, a outra esposa, tornara-se sua rival e sempre que estavam juntas esta provocava Ana por não gerar filhos. A Bíblia diz que Ana era a esposa amada e que Eucana era um bom marido. Mas sua esterilidade a inquietava de tal forma que ela colocou diante de Deus seu pedido e fez um voto que consistia na completa consagração de seu filho ao Senhor.  
   O povo de Deus encontrava-se num terrível sincretismo e abandono da Palavra. Cada um fazia aquilo que melhor lhe parecia e muitos ignoravam os preceitos e mandamentos do Senhor. 
   Deus finalmente abençoa Ana e ela engravida de um menino, Samuel. Interessante perceber que todos nós, humanos, somos necessitados da intervenção de Deus em nossa história. Deus tornou a impossibilidade  em possibilidade real na vida desta mulher e o faz em tantas outras vidas no curso da história, pois é poderoso e interessado em cada detalhe. A resposta de Deus à oração desta simples mãe abençoou sua família e trouxe novo ânimo à nação desviada, já que Samuel tornou-se um grande líder, pré-anunciando a monarquia e relembrando o povo das orientações do Senhor. Esta é a história de Deus fazendo grandes coisas através das mais simples. E Ele continua agindo dessa forma, por isso não devemos desprezar aquilo que pensamos ser simples demais. Deus usa o simples para ressaltar Sua glória .
   Apesar de todos os sentimentos da maternidade envolvidos, Ana cumpre seus votos para com Deus, mostrando que sua crença no Poderoso não era brincadeira. 
   Quem bom servir ao Deus que nos ouve! Que bom servir ao Deus que é poderoso para fazer maravilhas no meio de seu povo! Que bom poder relembrar a história de uma mulher simples, considerada amaldiçoada por não gerar filhos, mas que soube em quem depositar sua confiança e a quem gritar por socorro no momento de dor! Que sejamos suas imitadoras, colocando sempre a esperança em Deus e esperando por suas respostas grandiosas! Ana: simples mulher, grandioso Deus!
   

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Uma história de redenção - Rute 4


" Enquanto isso, Boaz subiu à porta da cidade e sentou-se ali exatamente quando o resgatador que ele havia mencionado estava passando por ali. Boaz chamou-lhe e disse: "Meu amigo, venha cá e sente-se". Ele foi e sentou-se. Boaz reuniu dez líderes da cidade e disse: "Sentem-se aqui". E eles se sentaram. Depois disse ao resgatador: "Noemi, que voltou de Moabe, está vendendo o pedaço de terra que pertencia ao nosso irmão Elimeleque. Pensei que devia trazer o assunto para a sua consideração e sugerir-lhe que o adquira, na presença destes que aqui estão sentados e na presença dos líderes do meu povo. Se quer resgatar esta propriedade, resgate-a. Se não, diga-me, para que eu o saiba. Pois ninguém tem esse direito, a não ser você; e depois eu". "Eu a resgatarei", respondeu ele. Boaz, porém, lhe disse: "No dia em que você adquirir as terras de Noemi e da moabita Rute, estará adquirindo também a viúva do falecido, para manter o nome dele em sua herança". Diante disso, o resgatador respondeu: "Nesse caso não poderei resgatá-la, pois poria em risco a minha propriedade. Resgate-a você mesmo. Eu não poderei fazê-lo! "
( Antigamente, em Israel, para que o resgate e a transferência de propriedade fossem válidos, a pessoa tirava a sandália e a dava ao outro. Assim oficializavam os negócios em Israel. ) Quando, pois, o resgatador disse a Boaz: "Adquira-a você mesmo! ", ele também tirou a sandália. Então Boaz anunciou aos líderes e a todo o povo ali presente: "Vocês hoje são testemunhas de que estou adquirindo de Noemi toda a propriedade de Elimeleque, de Quiliom e de Malom. Também estou adquirindo o direito de ter como mulher a moabita Rute, viúva de Malom, para manter o nome do falecido sobre a sua herança e para que o seu nome não desapareça do meio da sua família ou dos registros da cidade. Vocês hoje são testemunhas disso! " Os líderes e todos os que estavam na porta confirmaram: "Somos testemunhas! Faça o Senhor com essa mulher que está entrando em sua família, como fez com Raquel e Lia, que juntas formaram as tribos de Israel. Seja poderoso em Efrata e ganhe fama em Belém! E com os filhos que o Senhor lhe conceder dessa jovem, seja a sua família como a de Perez, que Tamar deu a Judá! " Boaz casou-se com Rute, e ela se tornou sua mulher. Boaz a possuiu, e o Senhor concedeu que ela engravidasse e desse à luz um filho. As mulheres disseram a Noemi: "Louvado seja o Senhor, que hoje não a deixou sem resgatador! Que o seu nome seja celebrado em Israel! O menino lhe dará nova vida e a sustentará na velhice, pois é filho da sua nora, que a ama e que lhe é melhor do que sete filhos! " Noemi pôs o menino no colo, e passou a cuidar dele. As mulheres da vizinhança celebraram o seu nome e disseram: "Noemi tem um filho! " e lhe deram o nome de Obede. Este foi o pai de Jessé, pai de Davi. Esta é a história da descendência de Perez: Perez gerou Hezrom; Hezrom gerou Rão; Rão gerou Aminadabe; Aminadabe gerou Naassom; Naassom gerou Salmom; Salmom gerou Boaz; Boaz gerou Obede; Obede gerou Jessé; e Jessé gerou Davi." Rute 4 (NVI)


   As "coincidências" continuam ocorrendo nesta história: o encontro do resgatador com Boaz nos remete à entrada de Rute em sua plantação (Rt 2.3). Apesar de todas as iniciativas humanas, Deus sempre direciona e orienta de forma que desfechos incríveis são delineados nas histórias, tanto nos textos bíblicos quanto em nossas vidas. Nos resta reconhecer e provar a benção de Deus.
   Toda a negociação foi feita de acordo com a lei vigente, diante de testemunhas e com o simbólico ato de retirar e vestir as sandálias. Boaz levou a sério o envolvimento com Rute e Noemi e foi perspicaz em seu discurso, contando a vantagem do resgate, e, assim que aceito, mostrando as implicações ao resgatador: este homem teria sobre si a responsabilidade de gerar um filho com a viúva podendo sofrer possíveis entraves familiares já que suas próprias heranças teriam que ser repartidas com outras pessoas além dos seus. Diante da proposta, o resgatador mais próximo anuncia sua recusa deixando a Boaz a responsabilidade de dar continuidade ao nome do falecido recebendo Rute como esposa em toda a formalidade necessária. 
   Noemi tinha razão! Nos versículos finais do capítulo 3, sua experiência e inteligência ficam novamente evidentes quando esta conclui que Boaz não descansaria até que resolvesse a questão completamente.
   Por fim, o filho gerado do amor entre Boaz e Rute é tido e comentando como filho de Noemi, filho de sua velhice e futura proteção financeira e emocional para esta que enfrentou as agruras do abandono e da miséria, da desconsolação e da amargura, mas que, em meados do capítulo 4, vê o seu Deus Fiel devolver-lhe a esperança e a alegria. As providências divinas para abençoar e proteger Noemi se estendem a toda a nação de Israel e a mim e a você, pois Rute se torna a bisavó do rei Davi, de quem procede Jesus Cristo na linhagem. Mais que um romance às escondidas, o livro de Rute aponta para a história da redenção e nos ensina que, através de tragédias extremas, Deus abraça e protege àqueles que lhe são fiéis. Nos questionamos tanto frente a doenças, violências, dores do físico e da alma, mas sempre poderemos confiar no Deus que rege a história do seu povo e cada história pessoal e esperar o consolo e os desfechos incríveis que certamente Ele dará, pois é detentor de todo o poder e nunca perde o controle. Coisas grandiosas nosso Deus ainda fará para Sua glória! Descanse!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Torta de Limão

Imagem meramente ilustrativa
Para a massa, misture em uma tigela até ficar homogêneo:


  • 9 colheres de sopa de farinha de trigo
  • 2 colheres de sopa de margarina
  • 2 colheres de sopa de açúcar
  • 2 colheres de sopa de leite
  • 1 gema
  • 1 pitada de sal
  • 1 colher de sopa de fermento em pó

Divida a massa em duas partes - uma maior para o fundo da assadeira de aro removível e outra menor para as laterais. Espalhe com as mãos até cobrir o fundo da assadeira de aro removível e as laterais deixando tudo por igual. Depois do acabamento, fure com um garfo o fundo e as laterais da massa e coloque para assar até dourar levemente.

Para o recheio, bata no liquidificador:


  • 1 lata de leite condensado
  • 1/2 xícara de chá de caldo do limão
Depois de bater bem, acrescente
  • 1 lata de creme de leite

Bata novamente e coloque o recheio na torta já fria

Para a cobertura pode-se acrescentar chantilly, suspiro ou qualquer desejada.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Brigadeirão - a melhor receita de todos os tempos!!

Imagem meramente ilustrativa
     Se você já testou várias receitas de brigadeirão e elas não atingiram suas expectativas, experimente esta, que já foi testada muitas e muitas vezes e é passada de geração a geração em minha família!! E lembre-se de um ingrediente muito especial: "Todos os vossos atos sejam feitos com amor" ICo 16.14!

Bata rapidamente no liquidificador:

  • 6 ovos inteiros
  • 2 latas de leite condensado
  • 2 colheres de sopa de margarina
  • 2 xícaras (não muito cheias) de NESCAU


     Untar uma forma com burcado no meio com bastante manteiga. Jogar a massa na forma e colocar papel alumínio por cima. Embaixo da forma colocar uma assadeira com água e vinagre (banho-maria) e assar por aproximadamente 40 minutos (retirar do forno quando a massa atingir um ponto parecido com gelatina, ou seja, não líquida, mas não dura). Deixar na geladeira por aproximadamente duas horas antes de servir.

Um romance às escondidas - Rute 3

     Rute 1 apresenta uma mulher amargurada, seca, sem saber quais direções sua vida tomará, mas que em alguns pequenos versos mostra sua fé no Deus de seu povo. Rute 2 apresenta o Deus que derrama a benção e a  misericórdia àqueles que buscam refúgio debaixo de suas asas.  E Rute 3 mostra como Deus responde as orações usando iniciativas estratégicas humanas. De certo, este incrível enredo de novela aponta para o Deus que é misericordioso, para o amor fiel em prática e para as recompensas das boas escolhas. 

"Certo dia, Noemi, sua sogra, lhe disse: "Minha filha, tenho que procurar um lar seguro, para sua felicidade.
Boaz, aquele com cujas servas você esteve, é nosso parente próximo. Esta noite ele estará limpando cevada na eira.
Lave-se, perfume-se, vista sua melhor roupa e desça para a eira. Mas não deixe que ele perceba você até que tenha comido e bebido.
Quando ele for dormir, note bem o lugar em que ele se deitar. Então vá, descubra os pés dele e deite-se. Ele lhe dirá o que fazer".
Respondeu Rute: "Farei tudo o que você está me dizendo".
Então ela desceu para a eira e fez tudo o que a sua sogra lhe tinha recomendado.
Quando Boaz terminou de comer e beber, ficou alegre e foi deitar-se perto do monte de grãos. Rute aproximou-se sem ser notada, descobriu os pés dele, e deitou-se.
No meio da noite, o homem acordou de repente. Ele se virou e assustou-se ao ver uma mulher deitada a seus pés.
"Quem é você? ", perguntou ele. "Sou sua serva Rute", disse ela. "Estenda a sua capa sobre a sua serva, pois o senhor é resgatador. "
Boaz lhe respondeu: "O Senhor a abençoe, minha filha! Este seu gesto de bondade é ainda maior do que o primeiro, pois você poderia ter ido atrás dos mais jovens, ricos ou pobres!
Agora, minha filha, não tenha medo; farei por você tudo o que me pedir. Todos os meus concidadãos sabem que você é mulher virtuosa.
É verdade que sou resgatador, mas há um outro que é parente mais próximo do que eu.
Passe a noite aqui. De manhã veremos: se ele quiser resgatá-la, muito bem, que resgate. Se não quiser, juro pelo nome do Senhor que eu a resgatarei. Deite-se aqui até de manhã".
Ela ficou deitada aos pés dele até de manhã, mas levantou-se antes de clarear a ponto de alguém poder ser reconhecido. Boaz pensou: "Ninguém deve saber que esta mulher esteve na eira".
Por isso disse: "Traga-me o manto que você está usando e segure-o". Ela o segurou, e o homem despejou nele seis medidas de cevada e o pôs sobre os ombros dela. Depois ele voltou para a cidade.
Quando Rute voltou à sua sogra, esta lhe perguntou: "Como foi, minha filha? " Rute lhe contou tudo o que Boaz lhe tinha feito,
e acrescentou: "Ele me deu estas seis medidas de cevada, dizendo: ‘Não volte para a sua sogra de mãos vazias’ ".
Disse então Noemi: "Agora espere, minha filha, até saber o que acontecerá. Sem dúvida aquele homem não descansará enquanto não resolver esta questão hoje mesmo". Rute 3 (NVI)
  
     No primeira versículo, Noemi nos relembra aquilo que tinha em mente desde o capítulo 1.9: que sua nora encontrasse outro marido. E ela insta com Rute para que se apresente a Boaz nesta noite, onde ele estaria limpando cevada na eira (uma provável alusão à comemoração pelo fim da colheita). 
   Rute segue à risca as palavras de Noemi e assim que Boaz se deita para dormir ela lhe descobre os pés e neles se deita. Em determinado ponto, Boaz acorda e a vê aos seus pés. Este é ritual um tanto estranho para nossa cultura, porém o seu significado está relacionado a um estado de compromisso, talvez como um noivado para nós, mostrando que Rute teria esta intenção para com Boaz. Noemi já havia percebido o clima de romance no ar, pois pela atenção especial e proteção à Rute, ela entendeu o interesse dele e aconselha Rute no sentido de corresponder às suas intenções, o que fica evidente no versículo 10 quando o próprio Boaz diz que, agindo dessa forma, ou seja, se dispondo a casar com ele, ela agia com bondade, já que poderia ter ido atrás de um homem mais jovem. Nesta hora, Boaz sente-se agraciado com o gesto de Rute. 
     Preservando-a do julgamento das outras pessoas, ele sugere que ela permaneça com ele até de manhã para não ser vista saindo dali. O texto não oferece nenhuma conotação sexual, até porque sabia-se que havia um outro parente mais próximo que deveria ser resgatador no lugar dele, logo o tal matrimônio não estava ainda confirmado. Novamente ele a protege e favorece, dando-lhe seis medidas de cevada para que levasse até Noemi. Por sua experiência, Noemi soube que ele não descansaria enquanto não resolvesse a questão com o outro resgatador.
     Em seu livro Teologia do Antigo Testamento, Paul House, nos esclarece que Deus responde às orações dando as oportunidades para a ação humana. Veja a tabela abaixo:



O desejo
A oportunidade
Rt 2.12 – o desejo de Boaz de que Rute encontrasse bênçãos sob as asas de Deus.
Rt 3.9 – a oportunidade que ele tinha de agir e abençoá-la.
Rt 1.8,9 – o desejo de Noemi de que Rute tivesse a segurança de um marido.
Rt 3.1-4 – a oportunidade que Noemi tinha de ajudá-la a encontrar um marido.
Rt 2.11,12 – a crença de Boaz de que Deus recompensa as boas escolhas.
Rt 3.10 – sua oportunidade de ver este mesmo Deus o recompensando pela bondade que estendeu a Rute


     Ainda sobre Boaz, House escreve "Novamente, todo o seu desejo por Rute é fundamentado nas suas convicções sobre seu caráter.  Ele escolhe uma "boa esposa" baseado em padrões de sabedoria (Pv 31.10-31) e inclui em sua generosidade aquela a quem e por quem Rute provou seu valor (Noemi)."
   Como casamentos poderiam ser diferentes se as mães apresentassem a seus filhos e filhas o modelo de caráter, fé e sabedoria que vemos em Boaz e os instruíssem a que fossem rapazes como ele ou que se casassem com rapazes como ele. 
     Sobre Deus e sobre nossas atitudes percebemos:
     Se Deus concede misericórdia ao humilde,  eu posso clamar a este Deus em momentos difíceis (desesperança, crises, cansaços físicos...);
     Se Deus honra as escolhas sábias que fazemos, eu posso obedecer sabiamente às suas instruções (ouvindo o que Deus diz na Palavra sobre quem namorar, como disciplinar e educar os filhos, como reagir em determinadas situações, como amar o próximo...);
     Se Deus oferece suas respostas através da iniciativa humana, eu posso confiar nelas e ficar atenta às oportunidades que Ele dá (mesmo que a espera seja longa, mesmo que a oportunidade pareça difícil e desgastante).
   O Deus que direciona a vida de Rute e Noemi é o mesmo Deus que está conosco todos os dias, protegendo e direcionando nossas histórias. Você pode ver a mão de Deus? Confira o desfecho deste romance na próxima postagem!



    

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A esperança reacesa - Rute 2

    Rute 1 apresenta uma mulher amargurada, seca, sem saber quais direções sua vida tomará, mas que em alguns pequenos versos mostra sua fé no Deus de seu povo. Rute 2 apresenta o Deus que derrama a benção e a  misericórdia àqueles que buscam refúgio debaixo de suas asas.

"Noemi tinha um parente por parte do marido. Era um homem rico e influente, pertencia ao clã de Elimeleque e chamava-se Boaz.
Rute, a moabita, disse a Noemi: "Vou recolher espigas no campo daquele que me permitir". "Vá, minha filha", respondeu-lhe Noemi.
Então ela foi e começou a recolher espigas atrás dos ceifeiros. Por acaso entrou justamente na parte da plantação que pertencia a Boaz, que era do clã de Elimeleque.
Naquele exato momento, Boaz chegou de Belém e saudou os ceifeiros: "O Senhor esteja com vocês! " Eles responderam: "O Senhor te abençoe! "
Boaz perguntou ao capataz dos ceifeiros: "A quem pertence aquela moça? "
O capataz respondeu: "É uma moabita que voltou de Moabe com Noemi.
Ela me pediu que a deixasse recolher e juntar espigas entre os feixes, após os ceifeiros. Ela chegou cedo e está de pé até agora. Só sentou-se um pouco no abrigo".
Disse então Boaz a Rute: "Ouça bem, minha filha, não vá colher noutra lavoura, nem se afaste daqui. Fique com minhas servas.
Preste atenção onde os homens estão ceifando, e vá atrás das moças que vão colher. Darei ordem aos rapazes para que não toquem em você. Quando tiver sede, beba da água dos potes que os rapazes encheram".
Ela se inclinou e, prostrada rosto em terra, exclamou: "Por que achei favor a seus olhos, a ponto de o senhor se importar comigo, uma estrangeira? "
Boaz respondeu: "Contaram-me tudo o que você tem feito por sua sogra, depois que você perdeu o marido: como deixou seu pai, sua mãe e sua terra natal para viver com um povo que pouco conhecia.
O Senhor lhe retribua o que você tem feito! Que você seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio! "
E disse ela: "Continue eu a ser bem acolhida, meu senhor! O senhor me deu ânimo e encorajou sua serva — e eu sequer sou como uma de suas servas! "
Na hora da refeição, Boaz lhe disse: "Venha cá! Pegue um pedaço de pão e molhe-o no vinagre". Quando ela se sentou junto aos ceifeiros, Boaz lhe ofereceu grãos tostados. Ela comeu até ficar satisfeita e ainda sobrou.
Quando ela se levantou para recolher, Boaz deu estas ordens a seus servos: "Mesmo que ela recolha entre os feixes, não a repreendam!
Pelo contrário, quando estiverem colhendo, tirem para ela algumas espigas dos feixes e deixem-nas cair para que ela as recolha, e não a impeçam".
E assim Rute colheu na lavoura até o entardecer. Depois debulhou o que tinha ajuntado: quase uma arroba de cevada.
Carregou-o para o povoado, e sua sogra viu o quanto ela havia recolhido quando Rute trouxe e lhe ofereceu o que havia sobrado da refeição.
"Onde você colheu hoje? ", a sogra lhe perguntou: "Onde trabalhou? Bendito seja aquele que se importou com você! " Então Rute contou à sogra com quem tinha trabalhado: "O nome do homem com quem trabalhei hoje é Boaz".
E Noemi exclamou: "Seja ele abençoado pelo Senhor, que não deixa de ser leal e bondoso com os vivos e com os mortos! " E acrescentou: "Aquele homem é nosso parente; é um de nossos resgatadores! "
Continuou Rute, a moabita: "Pois ele mesmo me disse também: ‘Fique com os meus ceifeiros até que terminem toda a minha colheita’ ".
E Noemi aconselhou à sua nora Rute: "É melhor mesmo você ir com as servas dele, minha filha. Noutra lavoura poderiam molestá-la".
Assim Rute ficou com as servas de Boaz para recolher espigas, até acabarem as colheitas de cevada e de trigo. Entretanto, ela ficou morando com a sua sogra." Rute 2 (NVI)

     Rute e Noemi saem das terras de Moabe e retornam a Belém em pleno início da colheita, popularmente, "com uma mão na frente, outra atrás". Ciente de que precisaria sustentar a sogra, Rute faz algo que era comum àqueles que não tinham como se alimentar. Existia uma espécie de lei para proteção dos mais pobres: as espigas que caíssem numa lavoura não deveriam ser recolhidas pelos ceifeiros, mas eram destinadas aos desfavorecidos. Assim, Rute vai procurar uma plantação onde pudesse recolher as espigas para alimentar a si mesma e a sogra. A soberania de Deus faz com que Rute entre justamente na parte da plantação que pertencia a um homem do clã de Elimeleque, marido de Noemi. A Bíblia usa a palavra "casualmente" (v.3) para mostrar que Rute não sabia a quem pertencia a plantação. O primeiro versículo já apresenta seu dono: Boaz, um homem rico e influente. Outra lei precisa ser conhecida por nós antes de prosseguirmos com a leitura: sempre que uma mulher ficasse viúva e não tivesse filhos, a lei determinava que seu cunhado ou outro parente próximo estipulado se tornasse o seu "resgatador", ou seja, àquele que se casaria com a viúva para que esta gerasse descendência que perpetuasse o nome de seu marido para que também suas posses, como as propriedades e terras, permanecessem no mesmo clã.
     No momento em que ela está nas plantações de Boaz, este chega da cidade e sauda seus ceifeiros, numa mostra de cordialidade que demonstra sua fé: "O Senhor esteja com vocês!". Conversando com eles, Boaz soube da procedência de Rute, bem como sua lealdade à sogra. A fama de Rute se espalhava por causa de seus feitos em amor a Noemi. Todos souberam que Noemi estava de volta e que Rute havia deixado sua família, seu povo e seus deuses para viver entre eles e adorar o único Deus.
    Boaz escolhe ser bondoso com aquela que havia agido bondosamente e permite não só que ela permaneça entre os ceifeiros como a cobre com proteção especial. Quando Rute volta pra casa e conta tudo o que aconteceu na lavoura a Noemi um raio de esperança brota de seu coração: "Seja ele abençoado pelo Senhor, que não deixa de ser leal e bondoso com os vivos e com os mortos!(...)Aquele homem é nosso parente; é um de nossos resgatadores!". Quais serão as motivações de Boaz? Será que ele a favorece apenas  por ser gentil? Existe algum interesse romântico de sua parte? Continue acompanhando conosco!
    
    Lições aprendidas:
    Deus: sua misericórdia se estende ao coração aflito e lhe dá esperanças! Seus planos para seu povo alcançam e abençoam pessoas especiais.

    Boaz: mostra sua convicção de que aqueles que buscam a Deus encontram bençãos. Por ser um bom homem, decide proteger e favorecer Rute pois percebeu seu caráter.

    Noemi: tem suas esperanças reacesas pelo Senhor e não deixa de aconselhar sabiamente sua nora Rute. Onde antes havia uma seca alma nasce um sol e ela, mais uma vez, credita as bençãos ao Senhor!

    Rute: voltou para Israel por causa de Noemi, era estrangeira e mal vista por ser moabita, foi para a roça com homens que poderiam abusar sexualmente dela e ali trabalha diligentemente dia após dia por amor à sogra. Seu altruísmo é um exemplo do amor verdadeiro: uma mulher abandonando sua própria vida em favor de outra. E, sendo assim, foi grandemente abençoada pelo Senhor, que através de Boaz, lhe deu tudo e mais do que precisava. Isto porque Deus honra as escolhas sábias que fazemos. 

     O sol volta a brilhar para Rute e Noemi. Deus reaviva a esperança em seus corações!

Uma alma seca - Rute 1

 

     O livro de Rute narra a encantadora história de uma mulher que decide abandonar seu povo, deuses e sonhos para cuidar e amparar sua sogra. Percorreremos os quatro capítulos deste livro e postaremos as lições aprendidas. De certo, este incrível enredo de novela aponta para o Deus que é misericordioso, para o amor fiel em prática e para as recompensas das boas escolhas. Acompanhe o primeiro capítulo:
   

"Na época dos juízes houve fome na terra. Um homem de Belém de Judá, com a mulher e os dois filhos, foi viver por algum tempo nas terras de Moabe.O homem chamava-se Elimeleque, sua mulher Noemi e seus dois filhos Malom e Quiliom. Eram efrateus de Belém de Judá. Chegaram a Moabe, e lá ficaram.Morreu Elimeleque, marido de Noemi, e ela ficou sozinha, com seus dois filhos.Eles se casaram com mulheres moabitas, uma chamada Orfa e a outra Rute. Depois de terem morado lá por quase dez anos,morreram também Malom e Quiliom, e Noemi ficou sozinha, sem os dois filhos e o seu marido.Quando Noemi soube em Moabe que o Senhor viera em auxílio do seu povo, dando-lhe alimento, decidiu voltar com suas duas noras para a sua terra.Assim ela, com as duas noras, partiu do lugar onde tinha morado. Enquanto voltavam para a terra de Judá,Noemi disse às duas noras: "Vão! Voltem para a casa de suas mães! Que o Senhor seja leal com vocês, como vocês foram leais com os falecidos e comigo.O Senhor conceda que cada uma de vocês encontre segurança no lar doutro marido". Então deu-lhes beijos de despedida. Mas elas começaram a chorar bem altoe lhe disseram: "Não! Voltaremos com você para junto de seu povo! "Disse, porém, Noemi: "Voltem, minhas filhas! Por que viriam comigo? Poderia eu ainda ter filhos, que viessem a ser seus maridos?Voltem, minhas filhas! Vão! Estou velha demais para ter outro marido. E mesmo que eu pensasse que ainda há esperança para mim — ainda que eu me casasse esta noite e depois desse à luz filhos,iriam vocês esperar até que eles crescessem? Ficariam sem se casar à espera deles? De jeito nenhum minhas filhas! Para mim é mais amargo do que para vocês, pois a mão do Senhor voltou-se contra mim! "Elas então começaram a choram bem alto de novo. Depois Orfa deu um beijo de despedida em sua sogra, mas Rute ficou com ela.Então Noemi a aconselhou: "Veja, sua concunhada está voltando para o seu povo e para o seu deus. Volte com ela! "Rute, porém, respondeu: "Não insistas comigo que te deixe e não mais a acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus!Onde morreres morrerei, e ali serei sepultada. Que o Senhor me castigue com todo o rigor, se outra coisa que não a morte me separar de ti! "Quando Noemi viu que Rute estava de fato decidida a acompanhá-la, não insistiu mais.Prosseguiram, pois, as duas até Belém. Ali chegando, todo o povoado ficou alvoroçado por causa delas. "Será que é Noemi? ", perguntavam as mulheres.Mas ela respondeu: "Não me chamem Noemi, chamem-me Mara, pois o Todo-poderoso tornou minha vida muito amarga!De mãos cheias eu parti; mas de mãos vazias o Senhor me trouxe de volta. Por que me chamam Noemi? O Senhor colocou-se contra mim! O Todo-poderoso me trouxe desgraça! "Foi assim que Noemi voltou das terras de Moabe, com sua nora Rute, a moabita. Elas chegaram a Belém no início da colheita da cevada." Rute 1 (NVI)

     Tudo acontece na época dos juízes onde não havia rei em Israel e cada um fazia o que achava certo. Até que houve fome na terra e a família de Noemi foi viver na terra dos moabitas, que eram vistos com maus olhos pelos israelitas (os moabitas eram descendentes do incesto de Ló citado em Gn 19.6-38). E ali, nas terras de Moabe, Noemi enfrenta verdadeiras tragédias: seu esposo morre e, passado algum tempo, seus dois filhos morrem. Só lhe restam as duas noras, Rute e Orfa. Na sociedade patriarcal em questão, o marido era o provedor, ficando a mulher dependente dele para seu sustento básico. Logo, Noemi encontrava-se desamparada financeiramente, e, por certo, já não era jovem para que se casasse novamente e gerasse filhos que lhe sustentassem e reivindicassem as terras e o nome de seu esposo. Sabendo que em seu povo, o povo escolhido de Deus, a fome já cessara e que desfrutavam de tempos melhores, Noemi decide retornar à sua terra. O versículo 6 mostra de forma interessante que Noemi sabia que a fartura do seu povo provinha das bençãos de Deus em seu favor. Ela começa a dar mostras de sua fé no único Deus.
     Decidida, Noemi se despede de suas noras rogando a Deus que as abençoasse e providenciasse novos lares para ambas. Orfa volta para sua família, mas Rute, abrindo mão das esperanças que o futuro pudesse lhe trazer, escolhe permanecer com Noemi e cuidar dela. Numa linda declaração de amor à sogra, ela afirma que considerará o seu povo e o seu Deus, Yahweh, como sendo dela e deixa claro sua lealdade à sofrida e amarga Noemi, que perdera tudo o que tinha.
     Embora Noemi creditasse todos os acontecimentos ao seu Deus e desse mais mostras de sua fé  (nos versículos 6,9,13,20,21), nela não havia esperanças ou sonhos quanto ao futuro, sua amargura e tristeza se tornaram latentes. Pela experiência que passaram, estas mulheres aprenderam que Deus pode dar alegrias, mas que também permite que coisas desagradáveis e tristes ocorram, e que tudo parte de suas mãos. E neste momento, Noemi não conseguia enxergar além de seu sofrimento, ficando o futuro completamente nebuloso e terrível para ela. Apesar de sua fé, ela sofre pelo momento e pela incerteza.
     É verdade que nestas horas nem sempre somos otimistas. Exite uma teologia pregando que o cristão jamais deve sofrer, e caso sofra, jamais deve entristecer-se. Mas grande seria a hipocrisia de alguém que enfrenta a morte de entes queridos, doenças terríveis, catástrofes financeiras ou filhos que se perdem no mundo e diz não sentir dor ou não se questionar. Por natureza, ficamos aflitos. Sofremos. A grande lição ensinada por Noemi é que, apesar de toda a dor - e, sim, sua alma está seca - ela é consciente de quem trouxe a bonança e a desgraça, e, no momento do capítulo 1, ela não sabe o que resultará de sua fé. 
   Não deixe de acompanhar conosco o desenrolar desta história e aprender que o único Deus é misericordioso com seu povo e tem planos maiores que nossa mente limitada consegue ver.

sábado, 21 de maio de 2011

Propósito de Consumir ou Consumir com Propósito – Jairo Moreira


“… como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, mas possuindo tudo.”
Popularmente se diz que quando os olhos não vêem o coração não deseja. Porém, para os que estão procurando crescer na graça do Senhor a verdade é que ao invés dos olhos o coração necessita de ser protegido e treinado para reagir adequadamente diante de enxurrada de produtos que inevitavelmente desfilam de maneira apelativa diante de nós todos os dias. O fato é que compramos muito com o coração. Na hora de adquirir tendemos a ser movidos mais pelo desejo e nem tanto pela necessidade.
Não necessitamos de tudo que desejamos e não desejamos tudo que necessitamos. Muito embora Deus possa nos dar além do que pedimos ou pensamos, Ele se comprometeu em suprir cada uma das nossas necessidades (Fp. 4. 19). Quando aos desejos eles são bons na medida em que sejam promovidos pelo Senhor em nós (Fp. 2.13). A propaganda continuará a ser a alma de muitos negócios, pelo fato de os negócios serem, a alma de muitos negociantes. Essa é a essência de suas vidas. É acertado considerar, que a maneira como lidamos com as coisas que adquirimos ou desejamos adquirir, revela muito dos verdadeiros valores que direcionam nossa vida.
Muito além da mera pechincha, ou simples prazer de possuir ou consumir, os cristãos devem praticar a sabedoria em um ambiente fascinado pelo consumo. Para nós, mais do que comprar “bem” é imperativo comprar com um propósito nobre. Compro por querer ou poder comprar, ou por ter um razoável motivo para isso? Na verdade quero enfatizar esse aspecto de autonomia que o cristão doce exercer ao escolher um produto em função da razão pela qual o adquire. Os profissionais que cada vez mais associam venda e divertimentos querem nos convencer de que comprar é uma grande brincadeira. O fato é que comprar é uma questão bastante séria. Nesse ato estão envolvido valores, motivações, prioridades de escolha e decisões. Ao comprarmos podemos estar negociando preciosidades cuja moeda do mercado não paga.
Como bem disse John White: “Se perguntasse sobre o tipo de pessoa que tipifica o século vinte, penso que a mente de muitos voaria para os astronautas. Mas a pessoa que expressa o espírito de nossa época é, mais que qualquer outro, não o astronauta, mas o vendedor. Todos os dias temos de lidar com as demandas impostas pelos chamados “sinais externos de poder ou status”. Isso geralmente envolve possuir coisas determinadas, de determinadas marcas e modelos, adquiridas em lugares determinados, por um custo indeterminado. Quase que com completa certeza eu diria que a maioria dos leitores desse artigo possui mais do que necessita e menos do que deseja. Nós somos por natureza pessoas insatisfeitas e estamos cercados por sistemas que usam essa realidade de uma forma muitas vezes bastante nociva. Os santos no mundo não estão isentos dessa pressão, mas por outro lado têm à mão instrumentos e oportunidades para reagirem não só protegendo-se, mas ditando um estilo que pode revolucionar o Comportamento dos que estão à sua volta acordando-os do tropeçar da vaidade.
Sem falso petismo é razoável reconhecer que há muitos cristãos sufocados pelo consumismo desenfreado. Não fomos chamados a fazer um voto de pobreza ou de prosperidade quando nos convertemos, mas pelo contrário todos fomos convocados para o voto de boa mordomia. É essa maturidade que Deus nos capacita a estarmos contentes em toda e qualquer situação (Fp. 4./11) e a sermos fiéis administradores dos recursos que nos chegam às mãos. Deus não deseja que sejamos pessoas medíocres ou investidores irresponsáveis das oportunidades que Ele nos tem dado. A questão é com que motivações buscam abundância em aquisições. Salomão foi um grande empreendedor que entendeu que muitas conquistas foram como correr atrás do vento. Você poderá argumentar que aproveitará todas as oportunidades que tiver para ganhar cada vez mais, para poder comprar cada vez mais. É  necessário no entanto perceber se o lucro e abundância por um lado, não estão determinando prejuízo e falta por outro.
Busque seu ganho em função das oportunidades e provisão vindas de Deus. Defina seus gastos relacionando-os com os propósitos que o Senhor tem estabelecido para a vida e de sua família. Lembre-se que os recursos que chegam até você não são financiamentos dos seus caprichos e sim para a realização dos planos de Deus em sua vida e por meio dela (“não desvie a verba). Saiba definir prioridades para as aquisições, considerando o valor real das coisas e não o valor atribuído (uma sandália de borracha sempre será uma sandália, não importando quão famoso é o pé que a usa.) Use seu crédito, talão de cheques, cartão etc… A seu favor e não contra você. Ridicularize a propaganda ridícula que pretenda fisga-lo com mentiras (dê gargalhada diante do televisor). Invista na aquisição de sabedoria e edificação (Pv. 4. 5-8). Abomine o desperdício e administre as sobras abençoando a outros.
Você sobreviverá ou sucumbirá diante da próxima campanha publicitária do seu produto preferido? Que tipo de consumidor é você? Você nunca terá dinheiro para comprar tudo que deseja. Se tiver dinheiro lhe faltará tempo para adquirir. Se ainda assim tiver dinheiro e tempo não terá como usar todas as coisas e delas aproveitar. Se tiver tempo, dinheiro e como usar tudo que comprar, por certo não terá a satisfação que espera na abundância das coisas que possui. Caso chegue a se satisfazer com tudo isso, estará se contentando com muito pouco, pois que a vida em Cristo é muito mais que a vaidade humana.
Escrito por Jairo Moreira

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Débora

     Dia 17 de maio nos reunimos novamente para estudar sobre Débora. Mais uma mulher deixando seu legado na história e fazendo a diferença com a benção de Deus. Podemos encontrar maiores detalhes em Juízes 4 (recomendamos a leitura do texto bíblico primeiramente). 

©       Quem foi?
     Débora foi mulher, juíza, profetisa, esposa de Lapidote. Sua influência se estendia por todo o povo de Israel, uma vez que era procurada para decidir suas questões. 
     Viveu numa época em que as palavras e orientações de Deus foram esquecidas e cada um fazia o que achava certo aos seus próprios olhos, sem parâmetros, desregradamente. O povo de Deus vivia as amargas consequências de sua desobediência (Juízes 2), pois havia deixado a idolatria e a imoralidade penetrar em seu meio através da influência dos povos inimigos que viviam entre eles. Entraram num ciclo de guerra-clamor a Deus-paz-guerra-clamor a Deus-paz. Em momentos de tormenta militar, clamavam por socorro ao Deus de seus antepassados, mas em tempos de paz íam-se esquecendo pouco a pouco dos feitos de Deus. Uma completa bagunça autoinfligida. Até mesmo os juízes que Deus levantou pecaram e viveram em desacordo com as orientações de Deus.  
     Débora está inserida neste contexto. Mas ela era fiel, corajosa e sábia e o Senhor a levanta num tempo em que os homens deixaram de cumprir seus papéis (Jz 4.8 e 5.7): estes deveriam liderar como também ir à guerra. Mas havia esta lacuna na liderança.

©       O que fez?
     Como já citado, ela liderava Israel. Na história consta que esta convenceu Baraque a lutar contra o rei Jabim, especialmente contra o comandante de seu exército, Sísera, que contava com uma potência militar e uma coligação poderosa: muitos soldados e novecentos carros de ferro à sua disposição. Este reinado oprimia o povo de Deus, até Débora se levantar e conclamar Baraque para a batalha. Mas Baraque foi, como outros de seu tempo, um líder fraco e respondeu que só lutaria se Débora estivesse com ele. Embora uma das funções do profeta daquele tempo seria lutar em guerras, ela era uma mulher e supomos que estava desobrigada dessa atividade. Logo notamos sua coragem, pois Débora foi à guerra com Baraque e disse a ele que, por causa de sua covardia, a honra não seria dele, mas de uma mulher (no caso Jael que, também, muito ousada deu cabo à vida do comandante Sísera).

©       Quais lições podemos aprender?
     Por causa da fraqueza dos homens, Deus levanta esta mulher, pois Ele usa a quem quer para cumprir seus propósitos. Juízes não é um livro normativo para a questão da liderança feminina uma vez que era uma época sem lei, cada um fazia o que bem entendia. Existiram outras profetisas, mas não era comum em vista da sociedade patriarcal e predominância masculina. 
     Débora foi uma mulher de fé, pois creu na vitória prenunciada por Deus mesmo em vista de um exército mais poderoso que o seu e foi à batalha mesmo não sendo sua obrigação. 
   Acima de tudo, conhecemos mais a respeito de Deus, que faz grandes coisas mesmo em situações aparentemente impossíveis aos olhos humanos. Pois, pelo Seu poder, humilha, nós, homens, e vence uma guerra considerada invencível do ponto de vista militar e bélico. Precisamos apenas de fé, coragem e, a palavra-chave, DISPONIBILIDADE. E ele, friso, pelo Seu poder, efetua a obra. Aceite os desafios de Deus para você tendo em vista o seu papel, como mulher, na Bíblia e o objetivo para o qual foi criada e o mais está nas mãos de Deus. A obra será realizada, pois quem nos dirige é o Seu autor!

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sábado, 14 de maio de 2011

Raquel

     Dia 15 de março a Fran compartilhou conosco um pouco da história de Raquel. Acompanhe abaixo o que se encontra em Gênesis 29 e se estende até o capítulo 35 e reflita através das observações:

©       Quem foi?
     Filha de Labão e Milca, Raquel foi pastora de ovelhas e foi dada como esposa a Jacó, de quem também era prima, em troca de quatorze anos de serviço prestados ao seu pai. Tinha uma irmã chamada Lia que também foi esposa de Jacó. Labão prometeu dar a Jacó sua filha Raquel em troca de sete anos de trabalho, e ao final dos anos, Lia foi dada em lugar de Raquel. Enganado, Jacó aceitou trabalhar mais sete anos por ela, que se tornou a sua esposa amada e morreu durante o parto de seu segundo filho.

©       O que fez?
     Raquel não dava filhos a Jacó ao passo que Lia era fértil. Raquel teve tanto ciúme da irmã que entregou sua serva Bila ao marido para que pudesse gerar descendência por meio dela.
     Tempos depois, Deus a favoreceu e Raquel teve ainda dois filhos com Jacó: José e Benjamim.
     Mais tarde, antes de seu marido voltar para sua terra levando toda a família, Raquel rouba os ídolos de seu pai e o engana não o deixando saber que estavam com ela.

©       Quais lições podemos aprender?
     Esta história nos ensina sobre a graça de Deus. Apesar da mentira, do ciúme e da inveja, Deus abençoa Raquel com filhos. Sua rivalidade com Lia começa com o erro da poligamia, que não era o ideal de Deus, e se estende ao coração de Raquel, pois esta sabia da importância cultural de gerar descendência, porém decide dar um "jeitinho" na situação em lugar de esperar em Deus e cede à competitividade. Novamente, e esta lição permeou todas as histórias estudadas até aqui, Deus demonstra sua fidelidade, pois através dos doze filhos de Jacó se estabeleceram as doze tribos de Israel. 
     Esperar em Deus e confiar em suas respostas aos nossos pedidos é o caminho para uma vida de fé e dependência. E não importa o que aconteça ao nosso redor - quais escolhas as pessoas têm feito e o que podem possuir -  nosso alvo é a vontade de Deus e rivalidade e competição atraem problemas para nós mesmas.

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quarta-feira, 11 de maio de 2011

A mulher de Potifar

     No dia 22 de março, a Silmara esteve entre nós trazendo grandes desafios de alguns versículos de Gêsensis 39 que narram a história da mulher de Potifar. Acompanhe abaixo:

©       Quem foi?
Primeiro, Potifar era um egípcio, oficial do faraó e capitão da guarda. Sua história se cruza com a de José no momento em que ele o compra dos ismaelitas. Estes já o tinham adquirido de seus irmãos, que ao invés de matá-lo, entregam-no por vinte peças de prata. Mas a Bíblia conta que Deus estava com José e o abençoava em tudo. Potifar o encarregou de sua casa e bens e, por causa de Deus, tudo prosperava aos cuidados de José. José era ainda jovem e bastante atraente e a mulher de Potifar passou a assediá-lo constantemente, embora ele permanecesse resistente às suas investidas. Logo, esta mulher rica, influente, provavelmente muito bonita, era alguém cujo coração se tornava propenso à queda, através da cobiça, como percebemos em sua trajetória.

©       O que fez?
     Tanto assediava José que este evitava sua presença. Certo dia, farta de suas recusas, ela o agarra, mas José, numa mostra de grande domínio próprio e temor a Deus, foge dela, deixando para trás o seu manto. Esta mulher rejeitada sente a afronta na fuga e arquiteta um plano para acabar com José, deixando evidente seu orgulho ferido e mostrando do que é capaz de fazer para sair "por cima" da situação. Ela distorce o fato ocorrido, dizendo aos empregados e ao seu marido que José tentou abusar dela, mas que, ao gritar por socorro, ele fugiu, deixando para trás seu manto. Pobre José! Vítima das mentiras de um coração corrupto é levado para a prisão!

©       Quais lições podemos aprender?
A mulher de Potifar demonstrou com suas atitudes o que havia por dentro: um coração intranquilo com sua vida, bens, posição social, casamento. Quando cobiçamos algo que não nos pertence também damos mostras de nossa insatisfação e ingratidão. Ao invés de desfrutar, ela preferiu "mirar a grama do vizinho" e a cobiça deu lugar ao ódio da rejeição, que deu lugar à mentira e dissimulação, que levou José ao cárcere.
Deus, claro, não se esqueceu de José e tinha planos para ele, mas as atitudes dessa mulher nos levam a uma reflexão mais profunda. Até onde sou capaz de ir para estar bem com meu ego? Até onde sou capaz de ir para ter meus desejos realizados? Até onde sou capaz de ir para encobrir meus erros? O foco principal do texto é a vida de José e o plano de Deus para o seu povo e Deus permitiu que essa mulher cruzasse seu caminho para que aprendêssemos sobre Sua soberania, graça e planos, sobre o caráter irrepreensível de José e sua paciência de esperar em Deus e também que Deus honra as escolhas sábias que fazemos. Com isso aprendido, não há espaço para o egoísmo, a sedução e a mentira nos planos de Deus. Não há espaço para dissimulação e orgulho. A mulher de Potifar foi usada, na verdade, para levar José ao lugar certo no tempo certo. Deus permitiu tudo isso, mas Ele não é conivente com os erros dela, tampouco a fez pecar. O pecado já estava latente em seu próprio coração. Mas Deus tornou o mal em bem na vida de José. Infelizmente conhecemos algumas mulheres que seriam capazes de fazer o que ela fez. E por vezes nós temos as mesmas atitudes ou semelhantes à dela: passar uma história a outros de maneira exagerada; usar uma roupa que evidencie nossos corpos de maneira indevida só para alimentar o ego, deixar outra pessoa levar a culpa para não assumir um erro, reagir maliciosamente à rejeição, cobiçar coisas que não nos pertencem...
Finalmente, a Bíblia pouco fala da mulher de Potifar, mas estes pouco versos trazem inúmeras lições e observações. A esperança é que todas nós, através de autoreflexão, possamos perceber nossos erros e deixar-nos moldar pelo Espírito Santo.

Participe conosco da MFP todas às terças!!!! Será uma grande benção para nós e para você!!!!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Música do Dia das Mães

     Neste próximo domingo, dia das mães, cantaremos a música "Mulheres do Passado" representando as próprias mães da IBV. Nosso desejo é poder deixar um legado de temor ao Senhor e de esperança somente nEle para a próxima geração. A letra da canção segue abaixo!


Mulheres do Passado
“Pois era assim que também costumavam adornar-se as santas mulheres do passado, que colocavam sua esperança em Deus...” 1Pe 3.5a


Mulheres do passado deixaram sua história
Legado de Deus pra nós
Seu exemplo, sua vida, tristezas e alegrias
Nos lembram de que nunca estamos sós


               Coro:
Minha vida eu também quero deixar
Como legado a outras gerações
Perseverança, obediência, amor, pureza, paciência
Que Cristo molde os nossos corações


Mulheres do passado deixaram sua história
Pois por Deus foram escolhidas
Eva, mãe de todos
Débora, juíza do povo
Maria, a mulher favorecida

               Coro

Mulheres do passado deixaram sua história
De coragem, fé e amor
Como Ana que clamou
Raabe, Deus a abençoou
A esperança colocada no Senhor

               Coro

Final:
Que a nossa esperança esteja em Cristo
Que a nossa esperança esteja em Deus
Mulheres que deixaram sua história